História da instituição


História da Instituição

1974 - Comissão de Moradores da Zona das Fontainhas

Na manhã de 25 de Abril de 1974 a revolução saiu à rua. Era o fim do regime autoritário que governou Portugal durante várias décadas e do seu rol de instrumentos repressivos. Num só dia desapareciam a polícia política, a censura e a proibição do direito de associação. Por todo o país surgiram então, de forma espontânea, movimentos populares de contestação social que exigiam mudanças a todos os níveis. Nas cidades, a "dinâmica popular" foi visível sobretudo em locais onde as populações viviam problemas graves em matéria de alojamento, como nos bairros de lata de Lisboa, e nos bairros camarários e "ilhas" do Porto. Nas "ilhas" os protestos incidiam na degradação estrema que tinham chegado as casas, superlotadas e, em muitos casos, em regime de sublocação, exigindo-se, com base nisso, o direito à habitação e "ao local". Ora, este amplo conjunto de movimentações populares, que dominou a cidade durante vários meses, esteve na origem da maioria das comissões de moradores surgidas nessa época.

No centro histórico, os gravíssimos problemas relacionados com a habitação, silenciados durante décadas pelo Estado Novo, explicam também o aparecimento de várias organizações deste género, entre elas a Comissão de Moradores da Zona das Fontainhas. Em 1974, as Fontainhas eram um enorme emaranhado de "ilhas", muitas delas herdadas do século XIX, onde vivam várias centenas de famílias, maioritariamente operárias, e onde a degradação tinha atingido níveis particularmente elevados. Sob a palavra de ordem:

"Casas sim, barracas não!"

os moradores exigiam, para além de mais e melhor habitação, a "reparação da iluminação pública, erradicação das lixeiras, eliminação dos buracos das ruas, desratização, e melhores condições de higiene e limpeza". Sem um espaço próprio e uma estrutura formalizada em termos legais, começaram por reunir na Escola Primária da Sé, passando mais tarde, em junho de 1975, para um edifício da Rua Duque de Loulé, tomado durante a onda de ocupações que dominou o Verão desse ano.

A ocupação foi comunicada ao MFA (Movimento das Forças Armadas) e, nas primeiras semanas, formaram-se piquetes para vigiar e defender a casa de dia e de noite. As instalações foram limpas e adaptadas às novas funções pelos próprios moradores.

1975 – Constituição da Comissão de Moradores da Zona das Fontainhas

Dois meses depois, em setembro de 1975, é oficializada a constituição da comissão, em assembleia popular realizada no Bairro Tapada, com a aprovação definitiva dos estatutos e a escolha do símbolo da coletividade. Estes outros acontecimentos constituíam a matéria essencial com a qual era composto o boletim "Lutar pela Habitação", órgão oficial de coletividade, que se editou entre 1975 e 1976.

Entretanto, e à semelhança de muitas outras comissões de moradores, a comissão das Fontainhas adere ao processo SAAL-Norte, um organismo que havia sido criado pelo Governo em agosto de 1974, e que se destinava a apoiar e dinamizar populações mal alojadas. Assim, é destacada para a zona uma brigada técnica que, em poucos meses, elabora um vasto projeto, do qual contavam fundamentalmente a reabilitação dos fogos já existentes e a construção de mais 86 casas, no local onde mais tarde foi construído o viaduto Sousa Dias.

O SAAL impunha, no entanto, a alteração do estatuto jurídico da comissão, como comissão para a concessão dos apoios financeiro e logístico por parte do Estado. Os moradores optaram então pela mudança para a Associação de Moradores, em alternativa à modalidade Cooperativa de Habitação Económica, numa decisão em que foram acompanhados pela esmagadora maioria das comissões do Porto.

10 de agosto de 1976 - Associação de Moradores da Zona das Fontainhas

A passagem para a associação foi tomada em Assembleia Geral de Moradores, realizada nas oficinas de São José, na noite de 10 de agosto de 1976. Na mesma ocasião é eleita a primeira direção da instituição, tendo Adelino da Silva como presidente e José Luís Piçarra como vice-presidente.

A partir desse momento estavam reunidas todas as condições para o projeto avançar. Todavia, em 1976 nenhuma evolução se registara ainda no processo. E nesse mesmo ano dá-se um acontecimento que veio tornar praticamente inviável a sua exequibilidade: a extinção do SAAL, a 28 de outubro de 1976. A Associação de Moradores da Zona das Fontainhas (AMZF) conhece então um dos piores períodos da sua história, agravado pelo fim da concessão de verbas às associações de moradores, em 1977, e pela aprovação do projeto de construção do Viaduto Sousa Dias, no local para onde estavam projetadas as casas do novo bairro. A partir daí o projeto é votado a um completo esquecimento por parte dos organismos oficiais. Apesar disso, ainda foram construídos os balneários públicos do Passeio das Fontainhas, que constavam do plano inicial.

Anos 80 – Mudança objetivos

Nos anos que se seguiram à extinção do SAAL, o panorama associativo do Porto sofreu importantes alterações. Várias comissões de moradores surgidas no período 1974-75 acabaram por desaparecer ou foram convertidas em cooperativas. Outras, não colocando de parte o objetivo primordial da melhoria das condições de habitação, procuraram desenvolver novas vocações, promovendo atividades de carácter social, cultural-recreativo e desportivo.

Entre estas conta-se a AMZF que iniciou, desde logo, um amplo conjunto de atividades, visíveis sobretudo a partir dos anos 80, e com as quais conseguiu manter um elevado nível de mobilização dos associados e da população. Uma das primeiras iniciativas consistiu na organização de uma colónia balnear, iniciada em 1981, e que desde então tem envolvido anualmente 60 e 80 crianças da zona. No domínio desportivo, estimularam-se várias modalidades, com destaque para o atletismo e sobretudo o futebol de salão. No que respeita ao atletismo, a AMZF promoveu durante anos o "Grande Prémio São João das Fontainhas", uma prova que contava em média com cerca de 1000 atletas e que constituía uma das iniciativas desportivas mais importantes do programa das festas de São João do Porto. No futebol de salão, a coletividade possui, desde os princípios dos anos 80, diversas equipas distribuídas por vários escalões, destacando-se a formação feminina, campeã nacional e finalista da Taça de Portugal, em 1992.

Anos 80 – Incêndio da sede

Ainda nos anos 80, e já final da década, a AMZF conhece, de novo, um momento difícil, em virtude do violento incêndio que destruiu por completo o prédio da sede social na R. Duque de Loulé. Em poucas horas a coletividade perde todo o seu património, incluindo a biblioteca de 2600 livros. O incêndio deflagrou a 22 de fevereiro de 1988 e durante os três anos seguintes a AMZF funcionou em casa dos membros da direção, reunindo algumas vezes nas instalações da Junta da Freguesia da Sé.

Durante 3 anos a nossa persistência para ter um novo espaço foi uma constante. As respostas não apareciam, os contactos eram repetidos e a solução não chegava. A força anímica começava a esvaziar-se e a desilusão era mais evidente, até que o Projeto Sé - S. Nicolau surgiu.

Anos 90 – Sede na Rua da Corticeira e criação do Centro Socioeducativo das Fontainhas

Em janeiro de 1991 é inaugurada a nova sede, no âmbito do Projeto Contra a Pobreza, fomos convidados a desenvolver um trabalho de parceria que nos permitia a utilizar o espaço da Rua da Corticeira.

Isto é o referido espaço era utilizado durante o dia com o funcionamento do Centro Sócio - Educativo que era da responsabilidade do Projeto Sé - S. Nicolau (Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica) e a associação multiplicou as suas propostas de índole social.

No período da noite o mesmo espaço seria de utilidade da Associação. Tivemos assim a oportunidade de dar continuidade ao trabalho e retomar o funcionamento com o equipamento necessário.

No campo de atividades culturais e recreativas, e sendo as Fontainhas um dos lugares da cidade com maior tradição no âmbito das festas de São João, a coletividade destacou-se também na organização anual de um vasto programa de iniciativas de sabor popular. Assim, todos os anos a zona transbordava de animação, as ruas eram iluminadas e havia espetáculos para todos os gostos, com noites de fado vadio, bailes, apresentações de agrupamentos musicais e variedades. Promoveu-se um importante concurso de cascatas – alguns dos principais cascateiros da cidade são naturais das Fontainhas – e organizaram-se diversos jogos tradicionais (jogo do baralho, da macaca, do dardo, corrida em andas, quebra cântaro, corrida de sacos, malha olímpica, etc.

1992 – Saga das Carquejeiras

No São João de 1992, a associação levou a cabo a reconstituição da antiga atividade das carquejeiras, uma das principais tradições desta zona. Nas Fontainhas poucos são aqueles que não possuem familiares que, de alguma forma, estiveram ligados a esta atividade, muito comum ainda na primeira metade do século XX. Nessa época, a carquejeira era descarregada no cais que existia ao fundo da Calçada da Corticeira e transportada à cabeça, através da rampa, em fardos tão pesados e volumosos que as mulheres se assemelhavam a "ouriços humanos". A carqueja, que se destinava aos fornos das padarias, era depois distribuída pela cidade. Durante a reconstituição, os participantes efetuaram o mesmo percurso das carquejeiras, entoando as mesmas canções e envergando os mesmos trajos.

1998 - Centro de Animação Social das Fontainhas

O Centro Socioeducativo das Fontainhas devido ao seu diminuto espaço vê a necessidade de crescer e assim a AMZF cria o Centro de Animação Social das Fontainhas, destinado a jovens estudantes dos 2º e 3º ciclos. A funcionar desde o final da década de 90 agora num espaço alugado às Oficinas de São José e com o acordo com a Segurança Social em seu nome uma vez que não possuímos estrutura legal como IPSS para termos o acordo, este centro foi um dos projetos mais importantes da AMZF. Envolvendo várias dezenas de jovens e tendo como principais objetivos a ocupação dos tempos livres e o combate ao insucesso escolar.

2001 – Porto Capital Europeia da Cultura 2001

Recebemos na nossa instituição um estágio com o objetivo de desenvolver um projeto que seria depois apresentado no âmbito da programação da Porto2001. O projeto era uma recriação das mulheres carquejeiras do início do século XX no Porto, que carregavam a carqueja às costas desde o rio, desde Gondomar pela Calçada da Corticeira acima, distribuindo depois a carqueja pelas padarias e restaurantes da cidade. O projeto esteve ligado às iniciativas da Capital Europeia da Cultura.

2003 - Outras Necessidades Levam-nos à Mudança.... IPSS

Com a necessidade de apoiar a população desta zona noutras áreas como a educação e a saúde, vimo-nos obrigados a modificar o nosso nome para Associação de Solidariedade da Zona das Fontainhas, para nos tornamos assim uma instituição particular de solidariedade social (IPSS), que nos permite obter mais apoios das instituições públicas e privadas.

Esta alteração realizou-se em 28 de abril de 2003 no 7º Cartório Notarial do Porto, depois de ter sido aprovada em Assembleia Geral pelos associados em 27 de Janeiro de 2003.

Ano 2004

No final do ano de 2004 vemo-nos forçados a sair das instalações que ocupávamos nas Oficinas de S. José e através do Pelouro da Educação da Câmara Municipal conseguimos umas novas instalações na Escola da Sé (EB do Sol), uma antiga garagem agora transformada em CATL.

Como a Associação desenvolvia desde 1998 as atividades de CATL com funcionamento clássico, nas instalações das Oficinas pedimos a transferência do acordo para a nossa instituição e é em maio de 2006 que assinamos o nosso Protocolo de Cooperação.

O nosso CATL tem um grupo misto constituído por 60 crianças a partir dos 6 anos de idade. Todas as orientações pedagógicas do CATL são a pensar no seu desenvolvimento e melhoramento dos aspetos cognitivo, psicomotor e socio-afetivo.

O CATL das Fontainhas é assim um espaço socioeducativo que visa complementar o percurso escolar e formativo dos utentes, e este trabalho é feito promovendo atividades de carácter lúdico-pedagógico organizando visitas de estudo, visitas culturais a outras cidades, proporcionando acesso a outros desportos, e oferecendo presentes na época natalícia, mas também mantendo tradições como celebrando a Queima do Judas na páscoa valorizando a cultura local e permitindo que as crianças e os jovens conheçam suas raízes culturais e tradições.

Somos já reconhecidos pelas entidades e comunidade como referência de excelência educativa pelas intervenções no desenvolvimento da comunidade onde nos inserimos, sempre orientados pelos valores da ética, solidariedade, igualdade, respeito e cidadania universal.

Ano 2011– Campos de Férias

Tendo como inspiração as colónias balneares organizadas desde o início da sua constituição, no ano de 2011 surge a ideia de criar durante o mês de julho um Campo de Férias voltado para crianças e jovens da freguesia do Centro Histórico do Porto, local onde desenvolvemos o nosso trabalho, e onde maioritariamente as famílias são desfavorecidas e teve como objetivo principal promover a inclusão e o desenvolvimento destas crianças e jovens, utilizando esta ferramenta como uma plataforma de transformação social.

Como objetivos específicos o Campo de Férias pretendia promover:

  • Inclusão Social e reduzir as desigualdades;
  • Oferecer atividades e eventos gratuitos ou a baixo custo, garantindo que crianças e jovens deste meio desfavorecido pudessem participar.
  • Criar um ambiente acolhedor e seguro, onde todos se sentissem valorizados e incluídos, independentemente de sua origem socioeconômica.
  • Promover oficinas e atividades educativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como criatividade, pensamento crítico e trabalho em equipe.
  • Incentivar a descoberta de talentos e interesses, com atividades culturais, artísticas, desportivas e tecnológicas.

Os meses de julho são assim para estas crianças e jovens um momento único nas suas vidas, e têm desde 2011 proporcionado memórias inesquecíveis a quem nele participa.


Ano 2019– Mudança Atuais instalações

Devido ao nosso crescimento solicitamos novamente junto do Departamento da Educação da Câmara Municipal do Porto um espaço maior com outras condições que o anterior não oferecia e em Dezembro de 2019 ocupamos o espaço que possuímos agora, dentro da EB do Sol, que entretanto foi desativada, e temos agora umas amplas instalações com uma sala de apoio ao estudo, uma sala de atividades, uma sala de refeições, uma copa, arrumos, casas de banho de rapazes, raparigas e deficientes, assim como um campo de jogos.

Porta Principal

Ano 2020 – Galerias Comunitárias

Os alunos do 1º Ciclo da nossa valência de CATL participam numa iniciativa de inovação social iniciada em janeiro de 2020, que pretende sensibilizar crianças e jovens dos Bairros de Lordelo, Pasteleira, Ramalde, Falcão, Contumil, Fontainhas, Viso, Cerco, Lagarteiro, Aldoar, para um pensamento mais crítico e participativo através da dinamização de ateliês de artes plásticas, desenvolvidos semanalmente nestes territórios, por Catarina Oliveira da Associação Espaço T, que envolve crianças e jovens em risco de exclusão social para ajudarem a conceber e a realizar programas criativos de desenvolvimento cultural e comunitário de 10 bairros sociais do Porto, no nosso caso - nas Fontaínhas. O projeto pretende contribuir para a promoção da inclusão social e do exercício de uma cidadania ativa e plena, aumentando a autoestima e diminuindo a exclusão social e os comportamentos de risco.

Assim, o Projeto "Galerias Comunitárias", desenvolve em 10 Bairros Sociais do Porto, ateliês/formação de artes dirigidos a jovens moradores de Bairros Sociais. Com este projeto pretende-se criar 10 galerias comunitárias (espaços expositivos) em 10 bairros. Para além dos ateliês semanais, foram desenvolvidos 10 workshops temáticos idealizados pelo Curador/Responsável artístico (Albuquerque Mendes) que convidou artistas e outros profissionais das artes para realização dos mesmos, no nosso caso foi a artista Ana Torrie.

A necessidade de formar e fornecer competências aos jovens é fundamental para que as Galerias Comunitárias/Espaços expositivos, sejam mantidas e as atividades programadas.

Os jovens foram assim os administradores de arte pública e produtores culturais e atores importantes na criação, na gestão e na programação das Galerias Comunitárias.

No projeto "Galerias Comunitárias", tão importante quanto o espaço, a obra de arte ou evento é o processo pelo qual ele é criado.

O projeto "Galerias Comunitárias" desenvolvido entre maio de 2021 e maio 2023, teve como investidores sociais a Domus Social, empresa municipal da Câmara Municipal do Porto e a Fundação Belmiro de Azevedo, sendo o restante financiamento assegurado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, no âmbito do instrumento de financiamento gerido pela Portugal Inovação Social.

Em 2024 o projeto passou a designar-se Galerias Comunitárias, "Arte & Crianças em Ação".

Este projeto que estamos a desenvolver em estreita colaboração com as entidades parceiras, é um projeto piloto integrado no programa da Fundação Calouste Gulbenkian - GROWING MINDS - Adversidades na Infância que é motivo de muita honra, mas também de dupla responsabilidade, pois este vai permitir através de um estudo científico muito rigoroso, saber se o que estamos a desenvolver convosco em cada um dos territórios deste projeto pode ser replicado.

São ainda parceiros deste projeto, a Domus Social e a Fundação de Serralves.

Trabalhos realizados nas Galerias

No dia 9 de novembro a ASZF e o CATL das Fontainhas estiveram em destaque na RTP1 numa reportagem sobre as Galerias Comunitárias.

Reportagem RTP1

Ano 2021 – Inside Out Project – "We Have Hope"

Inauguração: 31 de Agosto 2021 - 11h

Lugar: Alameda das Fontaínhas, Porto

Coordenadores: Francisco Spratley, José Alcarva, Ana Filipa Chiote, Cristiana Fonseca, Cátia Azevedo

Fotógrafo: Bruno Vinhas

Apoio: Ágora (Câmara Municipal do Porto)

INSIDE OUT é um projeto idealizado pelo artista internacional, JR que ganhou o prêmio TED na Conferência TED em Long Beach, Califórnia, onde apresentou a ideia de um projeto de Arte participativa global com potencial para mudar o mundo. Este projeto é inspirado nas "colagens" de rua de grande formato dando a todos a oportunidade de compartilhar o seu retrato e fazer uma declaração por aquilo que representam. Criou-se assim uma plataforma global para as pessoas compartilharem suas histórias não contadas e transformar mensagens de identidade pessoal em obras de arte pública. Cada ação do grupo INSIDE OUT em todo o mundo é documentada, arquivada e exibida online. Mais de 260.000 pessoas participaram em 129 países. O projeto viajou do Equador ao Nepal, do México à Palestina, inspirando ações de grupos em temas variados como esperança, diversidade, violência de gênero, mudança climática.

Foi um projeto onde o Arquiteto Francisco Spratley desafiou à nossa participação e pretendemos evidenciar o trabalho do CATL Fontaínhas, e o apoio que prestamos a sessenta crianças entre os 6 e os 18 anos, nas suas atividades de lazer após as aulas e chamar a atenção para esta parte da cidade do Porto, que está um pouco "esquecida", e ao mesmo tempo envolver não apenas as crianças da associação, mas também familiares e amigos do bairro, para compartilhar os seus testemunhos e nos dizer quais são as suas principais necessidades.

O principal objetivo deste projeto foi, acima de tudo, enviar uma mensagem de esperança, especialmente a esta nova geração que vive um momento tão conturbado como aquele que vivemos agora com a pandemia. Temos esperança, "WE HAVE HOPE"!

Ano 2023 – "Há Arte nas Fontaínhas"

Inauguração: 17 de abril 2023 - 17h30

Lugar: Alameda das Fontaínhas, Porto

Apoio: Ágora (Câmara Municipal do Porto) e Tintas CIN

"Há Arte nas Fontainhas" foi um projeto onde o Arquiteto Francisco Spratley nos desafiou novamente e ao artista Godmess (artista multidisciplinar vocacionado para as áreas de: Ilustração, Design gráfico, Pintura, Escultura, Instalações e Arte Urbana) a fazer uma instalação de street Art, na alameda das Fontaínhas. Foi um projeto que surgiu no âmbito do projeto cultura itinerante integrado no Programa de Arte Urbana do Porto.

Assim ao concluirmos o projeto, vimos que os miúdos do nosso CATL deram uma resposta muito positiva a todos os objetivos propostos e com grande orgulho que realizaram este projeto!

Com este tipo de projeto, pretendemos estimular as nossas crianças/jovens o espírito de pertença, guiando se nos valores de autoestima, da amizade, de solidariedade, da inclusão, de respeito mútuo, da tolerância, convivência e, sobretudo, na valorização contínua da diversidade cultural.

Mural nas Fontaínhas

Ano 2023/24 – "Projeto (Cons) Ciência e Cidadania"

Recebemos uma proposta da Marta Paz, uma estudante de doutoramento em Ensino e Divulgação das Ciências, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto que pretendia desenvolver uma tese sobre a Integração curricular da bio e da geoética no ensino das ciências: contributos para uma cidadania participativa através da aprendizagem por projeto.

No âmbito do seu estudo, esta aluna pretendia realizar uma intervenção em crianças e jovens, que frequentassem instituições de solidariedade social. Em linhas muito gerais, com esta investigação pretendia-se integrar o ensino de bioética e de geoética no currículo de Ciências Naturais, e, adicionalmente, desenvolver competências para uma cidadania participativa nos mais jovens, sem descurar a importância do desenvolvimento de comportamentos consentâneos com a sustentabilidade planetária.

A ideia foi contactar com os jovens do 2º Ciclo e Secundário que frequentavam o nosso CATL no ano letivo 2023/2024, dinamizando atividades que promoviam o conhecimento sobre assuntos bioéticos e geoéticos. O projeto decorreu às 4as feiras. No final, as crianças/jovens desenvolveram um teatro que apresentaram aos restantes alunos do CATL numa atividade de Ciências no Campo de Férias 2024 (julho).

Este estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.


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